Em janeiro, a cantora Anitta foi processada pelos compositores Giorgio Trovato e Giuseppe Di Caccamo Jr., que alegaram que sua faixa “Funk Rave”, lançada em 2023, teria se apropriado indevidamente de elementos da música “Sácalo”, de 2007. No entanto, nesta segunda-feira (20), o juiz K. Michael Moore, do Tribunal Distrital do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, decidiu a favor de Anitta, classificando as alegações como “especulativas, na melhor das hipóteses”.
Durante o julgamento, o magistrado destacou que seria improvável que Anitta, aos 14 anos e vivendo no Brasil na época do lançamento de “Sácalo”, tivesse tido acesso à obra mencionada. Os autores do processo tentaram sustentar que o produtor Diplo, envolvido na criação de “Funk Rave”, poderia ter conhecido a música e repassado à cantora. Essa hipótese também foi rejeitada pelo juiz, que a considerou “sem fundamento e não comprovada”.
Outro ponto decisivo foi a ausência de evidências concretas que comprovassem o plágio. Segundo o juiz, os autores não conseguiram demonstrar semelhanças suficientes entre as duas composições. A palavra “Sácalo”, presente em ambas, foi considerada comum na música em espanhol e, portanto, não protegida por direitos autorais.
“O tribunal instruiu anteriormente os autores a identificarem o elemento específico do refrão que lhes é original […] Os autores não o fizeram neste caso”, afirmou o juiz antes de encerrar o caso com decisão favorável à artista.
“Funk Rave”, que foi o single principal do álbum “Funk Generation”, lançado em abril de 2024, conquistou o prêmio de “Best Latin” no VMA de 2023, consolidando ainda mais a carreira internacional de Anitta.
